Ela seguia caminhando, apesar do vento frio que bagunçava seus cabelos. Naquele momento ela queria não ter esquecido o cachecol, não ter esquecido a bolsa, não ter escutado tudo aquilo. Já havia perdido a noção de tempo.
Andar, andar, andar, o pensamento se repetia na cabeça dela, afastando todos os outros, afastando as lembranças, os problemas, enfim tudo.
Ela sabia que não poderia continuar por muito tempo, mesmo assim não parava, sentia que o nó na garganta se apertava a cada segundo, tornando ainda mais difícil respirar.
De repente, numa simples distração, sua mente foi tomada pelo turbilhão de lembranças e emoções, ela estancou, não podia dar nem mais um passo, inevitávelmente as lágrimas rolaram pelo seu rosto.

Agora ela sentia-se sozinha, sem motivos para continuar, ela perdera a coisa mais importante para qualquer pessoa a vontade de sonhar.


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