Sem São Paulo

São Paulo!

O que dizer dessa cidade que ainda não disseram?

Sua beleza, sua alegria e sua tristeza já foram cantas em inúmeras canções, os amores e desamores estão pichados pelos muros da cidade, ah e que cidade! Bela que só ela, não tem praia, não tem mar, praia de paulista é shopping ou o Ibirapuera (dizem) e o mar aqui é feito pela sua incansável multidão. Cosmopolita que só ela tem espaço para tudo que o mundo oferece desde as belezas do nosso Brasil que estão em cada esquina, na comida, na balada, na padaria do bairro até o que trouxeram dos outros cantos do globo terrestre, do japonês ao italiano, do yakissoba ao burrito...

Aqui cabe um pouco de tudo: tem esporte, arte, música, dança, teatro, cinema, diversão de todos os tipos e para todos os gostos, todos tem um lugar em Sampa e isso, essa diversidade enorme é o que faz dela única... Sim eu sou apaixonada por essa cidade, onde às vezes a solidão é estar andando num mar de gente, onde a beleza às vezes é o verde que resiste ao concreto e outras o concreto que reconstrói ou que desconstrói.

Não ela não é perfeita e nem tudo é beleza, quantas vezes foi palco de violência ou de tristeza, desespero, e o medo vem andando faceiro virando a esquina quando estamos distraídos, mas isso não rouba o sorriso e a vontade de viver do paulistano. Ah o paulistano, da favela aos Jardins, da ZL à Zona Sul, o povo é o que faz a diferença, os agitados paulistanos que estão sempre com pressa, sempre atrasados para o trabalho, para a escola, para encontrar os amigos, presos no trânsito ou no metrô, sempre correndo, sempre em movimento. E no meio da correria você ouve o "meu", o "mano", o sotaque castelhano, as frases em japonês, e é tudo normal, parte da paisagem panorâmica.

É São Paulo está ficando mais velha, uma senhora de 462 anos e cada dia que passa eu amo mais essa cidade! 

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Nota: Uma singela homenagem para essa cidade linda que eu amo tanto.